sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Um velho hippie em minha vida... ou Agradecendo II.

A primeira vez que o vi, ele estava caminhando pelo CAL, o prédio 40 da UFSM, mais precisamente no segundo andar. Naquele dia, pela primeira vez na minha vida, eu vi um careca cabeludo.
Sim, era um homem careca, com os cabelos compridos. Não tem cabelos na parte superior da cabeça, eles só nascem um pouco acima das orelhas, e como ele nunca os corta, ficam compridos... Parecia sisudo, austero e chato... As aparências enganam. Ele é chato, mas austero não é um termo bom para definí-lo e sisudo é só uma mascarazinha inicial, que hoje em dia nem aparece mais.
Trabalhei com ele por três anos. Foi meu melhor professor de vida. De teatro também, mas principalmente, de vida. Ele é a criatura a quem eu mais preciso agradecer, depois dos meus pais, porque me ajudou a crescer sem ter nenhuma obrigação com isso. Eu o amo eternamente, mesmo que ele nunca leia essas palavras, porque não deve ter tempo "para as bobagens que eu escrevo neste blog".
Paulo Márcio, te amarei para sempre!
Obrigada por tudo!


quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Agradecendo...

Hoje, quero falar das pessoas que conheço e que me deram a mão, para agradecê-las... Agradecê-las por uma lembrança, um recadinho no orkut, uma mensagem no celular, uma ligação rápida, um sorriso, um desejo sincero de felicidade, pelas orações...
As relações são muito diferentes, com algumas eu nem me relaciono mais, outras foi só um contato rápido... Me ajudaram por livre e espontânea vontade, sem compromisso, me deram uma força, de graça... Enfim, menciono publicamente meu obrigada para estas pessoas, cada uma por seu motivo específico:

- Minha família querida, pelo apoio moral, por compreenderem minhas decisões, pela força e pelo suporte;
- Meu namorado Marco, que sofre com a distância e a separação, assim como eu, de quem só ouço palavras de força, coragem e amor; também a sua família: os guris, a sogra Rô, sogro Barreto e vó Dilina;
- Minha torcida e em breve, meu time: Lara, Doug e Lê;
- Meus eternos colegas (do meu coração!): Cícero, Léo, Paula Lafaya, Lala, Claudia, Aline Maciel;
- A colega maravilhosa que me acolheu e me recebeu em seu coração: Vanessa;
- Às amigas de sempre e para toda vida: Magliani e Giovana, Aline e Carlinha;
- Aos queridos Rik e Mar, amigos que os festivais de teatro me deram, e que sei que torcem de verdade por mim;
- Aos tios, tias, primos e parentes que me estimam, Franciani: saudades e saudades;
- Querida tia Zaidinha, eterna em meu coração, suas orações são sempre bem-vindas;
- Professor Cesário Augusto Pimentel de Alencar, um grande nome para um grande homem, valeu pelas dicas quentíssimas!;
- Inês Amanda, Nívia, Léo Gadea (querido), Zéty, Amanda, Carol Acosta, Paula Souza;
- Mário Jr., Fê Hartmann, Marcinho e Dany Britto que atenderam ao meu pedido de ajuda;
- Aos que há muito não vejo e me mandam recados de boa sorte: Luiza Caterine, Mírian Gonçalvez, Daiana Krombauer, Grazzi Matiello, Leila Cosmann;
- Pessoas do RIO: Soninha, Ana Carla, Flávio B., Renato Farias, o querido Naldo Dias Alves; Belle Borges;
- Pessoas de SP: Vanessa Santos, Carlão...

E, a todos aqueles que não coloquei aqui, que me ajudaram no meu emprego (em SP), que me ajudaram no Rio; que me desejam boa sorte mesmo sem falar, eu agradeço muito, e que o Universo os devolva em dobro.

Beijos à todos!

domingo, 9 de novembro de 2008

História de amor...

Ele era um cara quieto, não falava muito, estava deixando o cabelo crescer. Parecia tímido. Era muito interessado. Como todos, naquela sala, pareciam interessados em teatro. Mas, não sei... nele havia um interesse diferente, mesmo que quase nunca expressasse em palavras o interesse pelo teatro, como os outros faziam (inclusive eu), ele expressava em ações. Sim, a principal era retornar. Ele retornava, todos os dias, mesmo que nunca fosse chamado para nenhuma leitura. Era como aquele adolescente que ia ao baile, e nunca dançava, só ficava olhando e esperando. Mas a vez dele nunca chegava. As reuniões eram do Grupo Presença, em Santa Maria, onde nos conhecemos.

A primeira vez que o vi, achei que era bonito. Bonito porque parecia aqueles caras quietos que tem algo a ser desvendado. Depois pensei: "Não deve ter nada, deve ser só aparência." Muitos tinham só a aparência, eu já havia comprovado. Com ele, pensei, é igual.
Com problemas em minha tediosa e estressante Encenação III, uma disciplina de direção teatral da faculdade, eu resolvi que chamaria atores de fora do Curso para dirigir. O 'Presença' estava cheio de gente que queria trabalhar, mas nunca era chamado. Eu precisa de atores. Resolvi chamá-lo. Ele aceitou. Dois meses depois, quando todos os outros "muito interessados" haviam me abandonado, ele e eu estávamos sozinhos em uma sala de ensaio. Eu prometi que, no próximo ano, o chamaria de volta, porque afinal, ele não tinha técnica, não tinha experiência, mas tinha de sobra uma qualidade: vontade.

No próximo ano, como prometi, chamei-o de volta. Ele aceitou. Depois me contou, que, naquele dia fatídico, havia tomado uma decisão: nunca mais retornaria aquele lugar. Ele foi lá para dizer ao diretor que nunca mais voltaria, havia desistido de uma disciplina na faculdade para ir às reuniões, estava sempre ali, há um ano e meio e nunca, nunca havia recebido sequer uma chance... Mas naquele dia, eu convidei-o novamente. Ele aceitou. E ali nasceu uma bonita amizade.

Nos ensaios, nunca se atrasava. Uma vez, caminhou quilometros para não faltar a um deles, num sábado de manhã. A família passava por uma situação financeira difícil e ele não tinha passagens. Comecei a perceber que nele havia algo, uma coisa interessante, uma facilidade de doação. Os outros eram dedicados também, mas ele se interessava muito, de verdade. Amava o teatro.
Eu brinquei um dia que nossa relação era algo como Grotowski e Cieslak... ele era meu "ator santo".

Naquele ano, passei na Encenação III. E, logo no outro semestre, havia a Encenação IV. Chamei-o, já que precisava de atores, mas alertei: "Precisaremos de ensaios extras, você precisa de técnica. Teremos de compensar. Não sou expert, mas posso te dar uma noção".
Ele era incansável. Cinco, seis horas de ensaio. Tudo bem. Sim, ele chegava duas horas antes, para uma preparação. A outra atriz, que cursava Artes Cênicas, chegava depois, para o "ensaio de fato". Por isso, acabei me apaixonando, primeiro, pelo ator. Uma espécie de discípulo. Era algo interessante. Mas, além do meu ego, que achava um máximo ter um "aluno", comecei a encontrar um companheiro de idéias. Desde então, não poderia ser diferente. Estávamos sempre juntos.

Meu namorado, na época, começou a achar estranho e ter ciúmes. Eu estava sempre com o "meu" ator. Sim, comecei a chamá-lo e apresentá-lo aos colegas e amigos como "meu ator", porque afinal, ele trabalhava só comigo. Era estranho chamar de "meu amigo", porque era mais que isso. Então, como havia necessidade de explicar qual relação nós tínhamos, eu dizia: "Esse é o Marco Antonio, meu ator". Achavam engraçado.
Mas o então "meu namorado" começou a ter ciúme. E devo, na verdade, agradecê-lo por isso, porque com seu ciúme, começou meu questionamento. Poderia ser esta uma relação diferente?

Ele, o "meu ator", que agora também era meu amigo, me contava tudo. Sua relação com a família, suas paixões, gostos e sonhos. Eu os contava os meus. E ele, um dia, começou a falar das garotas. Suas paixões, suas conquistas, as paqueras. Eu achava engraçado, gostava de ouvir. Dessa forma, sentia-o ainda mais presente, mais perto.

Enquanto isso, nossa relação profissional ia de vento-em-popa. A Encenação IV havia sido um sucesso. E agora? O próximo passo era um monólogo. Não precisaria de atores. Ele sugeriu montar um grupo. Aceitei na hora. Não que ele precisasse, pois nessa época, depois dos "sucessos", outras pessoas o chamaram para trabalhar. Mas ele queria continuar trabalhando comigo. E eu, com ele. Prometemos que, independente do que acontecesse, nossa parceria nunca acabaria. Nós sabíamos que estávamos ligados por nossa paixão: o TEATRO.

Um dia, eu soube dos comentários. Todos diziam que estávamos juntos. Perto da nossa ida para o primeiro festival, resolvi parar de fingir o que há muito eu já havia percebido. Não queria mais ficar com meu então namorado, mas não sabia como acabar o relacionamento.
Ele continuava me contando suas aventuras. Achava Fulana bonita, Ciclana tinha pernas fenomenais, Beltrana era simpática... Inevitavelmente, a mulher competitiva dentro de mim quis saber: E eu? O que sou? Não sou atrativa?

Naquele festival, na cidade natal dele, Rosário do Sul, RS, começou minha tortura. Eu não podia mais esconder de mim mesma. Eu estava apaixonada, ele era tudo que sempre sonhei, desde garota: o amigo que... não era nada mais que amigo ainda. Mas será que ele iria querer algo mais? Eu o conhecia bem, ele sempre me contava seus truques... Ficaria comigo algum tempo, depois fugiria com alguma desculpa esfarrapada. No último dia, antes mesmo da premiação, quem fugiu, fui eu. Peguei um ônibus sozinha para Santa Maria. Não havia acontecido nada de mais sério entre nós, mas no meio da festa e da bebedeira, confessei meu interesse. E agora? Tudo poderia ruir. Pedi desculpas, ele também. Nós não queríamos estragar a relação profissional.

Naquele festival, ganhei meu primeiro prêmio artístico, de Melhor Diretora, e ganhei um amor para minha vida toda. Terminei meu namoro, e quinze dias depois, começamos a nos ver novamente. Aos poucos, fomos nos acertando... Hoje, eu digo que formamos um casal artístico, no estilo Liv Ulmann e Ingmar Bergmann, invertido porque a mulher é a diretora e o homem, o ator. Mas nossa relação, espero, vai durar mais que a deles. Nós nos damos muito bem.

Desde sempre a conversa flui. Os sentimentos, as coisas em comum. Não tivemos o embaraço inicial da falta de intimidade nos assuntos, pois quando ficamos juntos, já nos conhecíamos até certo ponto. Quando uma maior intimidade é colocada numa relação, podem aparecer problemas, mas conosco, foi muito natural e gostoso ter mais intimidade.

Continuamos trabalhando juntos. Agora, estamos sempre juntos. Nesse período em que estou em São Paulo e ele em Santa Maria tem sido difícil... para nós dois. Mas, logo, logo, estaremos juntos. Eu tenho certeza de que o amo demais e sei que sou amada também.

Esta é a nossa história de amor, que terá sempre um final feliz, independente de qual seja ele, porque somos, antes de tudo, companheiros de jornada.

sábado, 8 de novembro de 2008

Sabedoria cibernética II

Dentre os e-mails que recebo, alguns são os textos de Arnaldo Jabor. Estes eu SEMPRE leio!!! Jabor fala de uma forma maravilhosa sobre nossa realidade. Este texto é uma crítica bem humorada sobre um tema muito atual: a mulher-objeto, sempre em busca do corpo perfeito!


Mulheres

Taí uma coisa para ser pensada, repensada... Outro dia, a Adriane Galisteu deu uma entrevista dizendo que os homens não querem namorar as mulheres que são símbolos sexuais. É isto mesmo. Quem ousa namorar a Feiticeira ou a Tiazinha?
As mulheres não são mais para amar; nem para casar. São para "ver". Que nos prometem elas, com suas formas perfeitas por anabolizantes e silicones? Prometem-nos um prazer impossível, um orgasmo metafísico, para o qual os homens não estão preparados... As mulheres dançam frenéticas na TV, com bundas cada vez mais malhadas, com seios imensos girando em cima de garrafas, enquanto os pênis-espectadores se sentem apavorados e murchos diante de tanta gostosura. Os machos estão com medo das "mulheres liquidificador". O modelo da mulher de hoje, que nossas filhas ou irmãs almejam ser (meu Deus!), é a prostituta transcendental, a mulher-robô, a "Valentina", a "Barbarela", a máquina-de-prazer sem alma, turbinadas de amor com hiperatômico tesão. Que parceiros estão sendo criados para estas pós-mulheres? Não os há. Os "malhados", os "turbinados" geralmente são bofes-gay, filhos do mesmo narcisismo de mercado que as criou. Ou, então, reprodutores como o Zafir, para o Robô-Xuxa. A atual "revolução da vulgaridade", regada a pagode, parece "libertar" as mulheres. Ilusão à toa.
A "libertação da mulher" numa sociedade escravista como a nossa deu nisso:
Superobjetos.
Se achando livres, mas aprisionadas numa exterioridade corporal que apenas esconde pobres meninas famintas de amor, carinho e dinheiro. São escravas aparentemente alforriadas numa grande senzala sem grades. Mas diante delas, o homem normal tem medo. Elas são "areia demais para qualquer caminhãozinho". Por outro lado, o sistema que as criou enfraquece os homens. Eles vivem nervosos e fragilizados com seus pintinhos trêmulos, decadentes, a meia-bomba, ejaculando precocemente, puxando sacos, lambendo botas, engolindo sapos, sem o antigo charme "jamesbondiano" dos anos 60. Não há mais o grande "conquistador". Temos apenas os "fazendeiros de bundas" como o Huck, enquanto a maioria virou uma multidão voyeur, babando por deusas impossíveis. Ah, que saudades dos tempos das bundinhas e peitinhos "normais" e disponíveis"... Pois bem, com certeza a televisão tem criado "sonhos de consumo" descrito tão bem pela linha ferrenha do Jabor (eu). Mas ainda existem mulheres de verdade. Mulheres que sabem se valorizar e valorizar o que tem " dentro de casa", o seu trabalho. E, acima de tudo, mulheres com quem possa discutir um gosto pela música, pela cultura, pela família sem medo de parecer um "chato" ou um "cara metido a intelectual". Mulheres que sabem valorizar uma simples atitude, rara nos homens de hoje, como abrir a porta do carro para elas. Mulheres que adoram receber cartas, bilhetinhos (ou e-mails) românticos!! Escutar no som do carro, aquela fitinha velha dos Begees ou um cd do Kenny G (parece meio breguinha)...mas é tão boooom namorar escutando estas musiquinhas tranqüilas!! Penso que hoje, num encontro de um "Turbinado" com uma "Saradona" o papo deve ser do tipo: "meu"...o meu professor falou que posso disputar o Iron Man que vou ganhar fácil fácil!!" "Ah meu"... o meu personal trainner disse que estou com os glúteos bem em forma e que nunca vou precisar de plástica." E a música??? Só se for o "último sucesso (????)" dos Travessos ou o "Vai Serginho"????
Mulheres do meu Brasil Varonil!!!! Não deixem que criem estereótipos!! Não comprem o cinto de modelar da Feiticeira. A mulher brasileira é linda por natureza!!! Curta seu corpo de acordo com sua idade, silicone é coisa de americana que não possui a felicidade de ter um corpo esculpido por Deus e bonito por natureza. E se os seus namorados e maridos pedirem para vocês "malharem" e ficarem iguais à feiticeira, fiquem ... iguais a feiticeira dos seriados de TV:

Façam-os sumirem da sua vida!!!

Arnaldo Jabor

Sabedoria cibernética I

Recebo e-mails encaminhados quase todo dia. Eu odeio. E nunca os repasso adiante. Mas, com muito tempo para fazer nada, eu me deparei com uma caixa de entrada cheia e um limite de paciência um pouco acima do normal. Li alguns deles e encontrei coisas muito interessantes, outras muito divertidas. Aqui, 3 pérolas da sabedoria cibernética:

1) "Coisas que levamos anos para aprender" (dizem que é do Luiz Fernando Veríssimo):

* Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom ou empregado, não pode ser uma boa pessoa.

*As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.

*Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.

2) "Coisas que você só aprende quando sai de casa":
*As bananas nanicas não são as menores, mas são as mais baratas e é isso que importa.

*Roupas brancas e coloridas mantém entre si diferenças irreconciliáveis e não devem, portanto, freqüentar a máquina de lavar ao mesmo tempo.

*Existe vida sem papel higiênico de folha dupla.

*Existem mais de quarenta tipos diferentes de produtos de limpeza, mas você descobre que só precisa de três ou quatro para sobreviver.

*Pão de fôrma com o prazo de validade vencido não mata, a menos que esteja ficando verde.
Aliás, prazo de validade é só uma maneira de avisar que, daquela data em diante, é melhor olhar antes de comer.

*Chinelos são itens de uso público.

3) "Verdades" sobre o CHOCOLATE:
1 - Coma uma barra de chocolate antes de cada refeição. Isso reduzirá seu apetite ao máximo, e você comerá menos.
2 - Chocolate é um VEGETAL. Chocolate é feito de cacau (cacau =vegetal) e de açúcar (açúcar é feito de cana ou de beterraba. Ambas são plantas, ou seja, vegetais. Logo, chocolate é, integralmente, um vegetal. Praticamente uma SALADA!
3 - Chocolate também leva leite. Portanto, chocolate é um alimento muito saudável.
4 - Chocolate pode ser recheado com passas, morango, laranja, cerejas,etc. Tudo isso são frutas, e frutas são saudáveis, portanto, coma a vontade, tantas barras quanto desejar.
5 - Probleminha: como levar 1kg de chocolate da loja para casa em um carro quente? Solução: coma no estacionamento mesmo.
6 - Equilíbrio: se você comer porções iguais de chocolate branco e chocolate preto... isto é uma dieta balanceada. Saudável, portanto...
7 - Chocolates têm muito conservantes, logo...conserva você. Conservantes fazem você parecer mais jovem.
8 - Escreva "Comer chocolate" no início de sua lista de coisas a fazer hoje. Assim, pelo menos UM item de sua agenda você vai conseguir cumprir.
9 - Uma boa caixa de chocolates pode fornecer toda a sua necessidade diária de calorias. Não é prático isso ?
10 - Lembre-se: STRESSED (estressado) soletrado de trás prá frente e DESSERTS (sobremesas). Portanto, sobremesa (de preferência de chocolate) é o antídoto do stress.
Mande esta mensagem para 4 pessoas e você perderá 1kg.
Mande para TODAS as pessoas que você conhece (ou conheceu) e você perderá 1 kg para cada pessoa que enviar. Se deletar esta mensagem, você ganhará 5kg imediatamente!! Foi por isso que eu passei adiante. Não queria me arriscar...


Essa dieta, vou seguir com certeza.
Grande beijo.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Um José, um João... tantos 'Brasis'!

Desde menino, José tem um sonho... Sonha com uma vida diferente. No sertão, localizado ao nordeste do país de dimensões continentais onde vive, ele sonha com uma terra encantada. Na lavoura de seu pai, o trabalho, junto de seus nove irmãos...
Aos 18 anos, a decisão. Chegou a hora. Pai, eu vou - arrisca José - Não vai, não! Seu lugar é aqui, junto dos seus, ordena o pai. Mas para José, não tinha volta. Com os trocados que juntou, compra a passagem, faz sua mala e migra, mesmo contra a vontade da família, para a terra que o espera, para o mundo.

Da terra onde vive com a família, sem luz elétrica nem rede de esgoto, João também sonha, assim como José, com uma vida melhor. Também como o colega, aos 18 anos, partiu para São Paulo, para tentar realizar sua meta: melhorar sua vida através do estudo. Ainda não tinha o ensino fundamental completo. Ao chegar em São Paulo, logo arrumou trabalho na cozinha de um restaurante. Com a carteira assinada, completou o primeiro grau, depois o ensino médio. E acrescenta sorrindo que, com a benção de Deus, irá fazer a faculdade. João talvez não saiba, mas é um grande herói.

José e João são desbravadores. São como Colombo ou Marco Pólo. As suas caravelas são feitas de sonhos, suas bússolas de fé, e na bagagem trazem a esperança de uma vida melhor. Para eles, a vida reservou trabalho e vitórias. Saídos de duras realidades, enfrentaram um mundo em busca de sonhos, de vida. E eles conseguiram o que tanto queriam.
José até voltou para o nordeste, tentou trabalhar por lá. Abriu seu negócio e estava progredindo. Mas resolveu voltar. "Eu gosto de movimento" me diz ele, com uma simplicidade de coração que é difícil de encontrar.

Estou a três meses em São Paulo, e já aprendi com José e João, lições que me irão valer para o resto da vida. Perseguiram seu sonho. São vitoriosos, estão felizes. E ainda querem muito mais. João e José sabem que viver vale a pena e parece que dão sentido para uma certa frase clichê que desde muito conheço:

Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Em busca de um "Teatro Santo"

Resolvi fazer teatro porque não conseguia dançar. Eu era uma péssima bailarina. Uma cantora de voz medíocre. Então, parecia que só sobrava mesmo era atuar. Aos 13 anos, solenemente, anunciei em casa minha decisão, que foi encarada, lógicamente, como desvairio de criança... Pior que não era... Ou era e eu levei a sério... Enfim, não importa, aqui estou com um diploma na mão e um sonho na cabeça.

A decisão, que foi tomada com uma consciência de criança (e criança sempre sabe o que faz!) e que se deu, na verdade, porque eu buscava algo, que eu não sabia direito o que era, mas desde sempre busquei... viver experienciando.
É... queria viver. Descobrir algo que eu sentia que existia, mas que parecia não conseguir contatar. Foi isso que me fez buscar o teatro. E foi onde encontrei. No Curso de Artes Cênicas da UFSM descobri o quanto de "magia" há ao nosso redor. O contato com o Prof° Paulo Márcio e o Grupo Vagabundos do Infinito também ajudou muito, mas a própria experiência no tipo de teatro que se faz na UFSM dão esta visão, a quem puder e quiser vê-la. Porque é necessário querer!

Ao ler os textos de Grotowski, Barba, Stanislavski, me identifico totalmente, não necessariamente com a proposta estética ou técnicas e métodos, mas com a paixão, a ética e a forma como encaram o "fazer teatral", como uma entrega de um ser humano para a vida, um ritual de alegria, fé, pulsação de vida... uma verdadeira mágica!

Hoje, em maior contato com o "mundo", digo, com a realidade diária, com as desigualdades, pessoas de diferentes realidades sociais, enfim... estando na maior cidade da América Latina se vê de tudo um pouco, tenho cada vez mais certeza da minha decisão. Sinto as pessoas cada vez mais distantes da magia, da conexão com este universo maravilhoso em que vivemos e que fizemos tanta questão de destruir a cada dia, com nossa raiva, nosso estresse e nossa falta de visão além do umbigo! E digo NOSSA mesmo, porque apesar de ter vivenciado tantos "momentos mágicos", como atriz e diretora, também me deixo envolver por tudo... Somos todos humanos!

Bem, essa foi só uma forma de inexpressar minha percepção (porque não é possível expressar nesse sentido o que penso).

Um beijo à todos!

sábado, 1 de novembro de 2008

Ficando prá titia...

Eu vejo muitos escritos sobre a alegria de ser mãe, de ser avó, mas porque ninguém fala da felicidade de ser tia? Eu, AMO ser tia.
O meu primeiro sobrinho, Caetano, filho do Érlon, nasceu em 2002, eu estava no hospital junto com nossa mãe, a vó Maria, quando eu, ela e o Érlon fomos pegá-lo. A enfermeira nos entregou aquela troxinha com um anjinho amassado dentro... E agora, sete anos mais tarde, estou em São Paulo, de folga, assistindo vídeos no computador da Van (no qual escrevo este blog), quando recebo a mensagem: "Vamos aumentar a família, estamos muito felizes". Que felicidade! O Robinson, meu irmão, amado, querido! Casado com a Raquel há 6 anos, terão seu primeiro bebê, que nascerá em junho de 2009, no mesmo mês da tia Grace e do vovô Milo.

Quando se é tia, também se quer trocar fraldas, segurar a mamadeira, fazer o neném dormir... Ok, a parte aquela do acordar de madrugada, ter um esfomeadinho sempre agarrado ao peito, e trocar TODAS as fraldas eu dispenso... mas acompanhar uma criança de perto, mesmo que não seja tão perto e todo dia (como infelismente é o meu caso com meus sobrinhos) é uma coisa maravilhosa!

São ótimas as atribuições que uma tia pode ter... Tirar 250 fotos da criança, de todos os jeitos e ângulos, babar com cada sorrizinho, segui-lo nas estripulias, contar histórias e ler livros infantis, dar banho, e até brigar de mentirinha... (quando eles fazem birra). E, nesse momento, eu até chego a considerar a hipótese de voltar para casa dos meus pais só para poder morar ao lado no novo baby! É, não dá, eu sei. Mas que alegria acompanhar uma criança.
Morei na mesma cidade do Caetano, Santa Maria, nos primeiros seis anos de sua vida. Eu não o via constantemente, mas havia a possibilidade de vê-lo mais que eventualmente, cada vez que eu o via, me emocionava com sua evolução. São as mais puras criaturinhas, dão alegria e transmitem esperança a quem convive com eles. Sim, não existe nada melhor e mais lindo que uma criança.

Agora que serei novamente tia, estou encantada com a possibilidade de "reviver" as emoções. Hahaha! E continuar me deliciando com o crescimento do Cae, mesmo que de "tão, tão distante" agora... Deus abençõe sempre as minhas crianças maravilhosas!

Beijos a todos!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Referências.

Não sei bem quando decidi ser atriz. Na verdade, não sei quando decidi ser artista, porque a primeira opção não era o teatro, era o balé clássico... Mas, independente da minha escolha, uma referência sempre foi primordial para minha decisão artística. Meu querido irmão, Érlon Péricles. Muitos pensam que esse nome, realmente artístico, foi inventado por ele. Negativo. Foi Algemiro Pires, nosso velho pai Milo, quem sugeriu o nome. Ou seja, é o nome de registro, de batismo... E que nome! Excelente, já nasceu artista!
O mano sempre foi determinado, enfrentou muitas dificuldades por seu sonho. Sim, porque para ser artista, quando não se tem 'berço' (também chamam de "pais ricos") ou QI (Leia-se: Quem Indique), há muitas dificuldades a se enfrentar. E ele enfrentou todas, uma a uma, vencendo devagar, alcançando seus objetivos. Hoje, morando em São Paulo, lutando dia-a-dia pela carreira que escolhi, sempre que as dificuldades surgem ou que o desânimo bate, eu lembro do Érlon, como uma referência... Ele nunca desistiu. Ele venceu! Suas músicas contam sua história, falam do sonho, da busca, do caminho percorrido. São a pura expressão da beleza de suas realizações. Mano, te amo muito!

De Cima do Arreio
Érlon Péricles

Eu ando na estrada cansando o cavalo

Botando sentido nas coisas que vejo
De cima do arreio campeio meu rumo
E aos poucos me aprumo por sobre os pelegos
Um trago de canha, um mate cevado
Um sonho a lo largo no sul do país
Campeando um sorriso além da saudade
Aprendo as verdades da vida que eu quis

Eu sinto que estrada me ensina aos pouquinhos
E sigo sozinho sem medo de ir
Vencendo distâncias, cruzando fronteiras
Encontro nas ânsias razões pra seguir
Eu trago a esperança estampada na cara
E guardo as lembranças das coisas que fiz
Com raça e coragem eu topo a parada
E agüento o repuxo firmando a raiz

Ah! Tristeza gaúcha que eu trago no peito
Trançando essa história com fibra e com jeito
De quem sabe bem levantar quando cai
Ah! A estrada é comprida e andar vale a pena
Pois quem busca sonhos de alma serena
Tocando pra frente sabe aonde vai!

Deixo aqui um convite a todos que desejam conhecer mais sobre este artista gaúcho.
Acessem o blog: erlonpericles.blogspot.com

Beijos!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Once Upon The Time...

Era uma vez... Muitas histórias começam assim... Este blog também começará assim... Porque, nem sempre é necessário ser original, não é? Nesta primeira postagem (e acho que em todas as outras também), procurarei inspirar e expressar minhas percepções. Para os amigos, para a família... Para quem quiser conhecer um pouquinho das percepções de outra pessoa...
De início, duas inspirações: não muito originais. Duas imagens das belas e elegantes Audrey Hepburn e Grace Kelly. Ok, pode pensar que sou piegas, careta... mas, é verdade, são lindas!
Ok, não são nada "reais", não é? Sei, eu sei...
Elas são como aquela imagem que temos aos 5 anos de idade quando nossa mãe nos conta histórias como "Cinderela" ou "Branca de Neve" não é? E depois descobrimos que 95% das mulheres não são assim, (e que fazemos parte deste grupo). Sim, o movimento feminista mudou a imagem da mulher, que contradiz muito do que as duas, Audrey e Grace, representam em nosso imaginário...
É. Eu sei. Mas são lindas, não são? Alguém pode negar? E para mim, representam um tempo onde ainda havia mais ingenuidade e inocência... E, além disso, olhe ali, note só! Não coloquei "qualquer foto" da Audrey. Coloquei uma em que ela está descalça e olhando para o forno de um fogão! Hehehe... Bem próxima de nós, não é? Acho que não existem fotos deste tipo da Grace, afinal, ela era princesa! Hehehe! Mas, é só para começar, ok? Só para harmonizar... para inspirar com estas imagens...
Um beijo à todos e... inspirem-se!